terça-feira, 10 de julho de 2007

Top-5 : Audrey Hepburn's Awards

Audrey Kathleen Ruston, nascida à 4 de maio de 1929, em Bruxelas, Bélgica

Sinônimo de elegância, Audrey Kathleen Ruston (AKA Audrey Hepburn) foi e é um ícone do cinema. Além de linda, Audrey também apoiava causas humanitárias e foi Embaixadora Especial da UNICEF. Seus trabalhos, tanto na indústria cinematográfica como na United Nations Children's Fund, foram honráveis e, portanto, nunca serão esquecidos.

Em sua homenagem, criei o Audrey Hepburn's Awards para eleger as mais belas e charmosas atrizes dos tempos atuais. E também para marcar o debut da lista de Top-5 em grande estilo.

Atenção: Os comentários aqui expressos são baseados em minhas opiniões. Portanto, entenda se você não concordar com estes.

Discussões e comentários são bem-vindos.


1º) Natalie Portman

Natalie Hershlag, nascida à 6 de junho de 1981, em Jerusalém, Israel.

Primeiro lugar merecido a essa belíssima atriz. Natalie Portman, além de linda e deslumbrante, participa de muitos projetos ambientais e causas humanitárias. Dedicada aos estudos, Natalie cursou a notável Harvard University, graduando-se em psicologia e possui uma incrível habilidade com idiomas: sabe o hebraico, o francês, o japonês e o alemão (sem contar o Inglês). Uma pessoa humilde e admirável, diante a tanta 'futilidade' do mundo hollywoodiano. A mais próxima imagem-semelhança de Audrey Hepburn.


2º) Audrey Tautou

Audrey Tautou, nascida à 9 de agosto de 1978, em Puy-de-Dôme, França.

Xará de nossa Bonequinha de Luxo, a querida atriz de Le fabuleux destin d'Amélie Poulain fica em segundo lugar. Neste filme, fica evidente que Audrey é dona de um dos mais belos sorrisos da história. E sem contar seu exclusivo charme francês em DaVinci Code (seu sotaque, seu jeito). Talvez seja a origem francesa responsável por esta atriz tão meiga - Audrey afirma ser "100-percent French". Não há muito de se comentar com tamanho
charme e carisma, basta assistir Amélie ou Un long dimanche de fiançailles e ver essa bela atriz em ação.


3º) Alexis Bledel

Kimberly Alexis Bledel, nascida à 16 de setembro de 1981, em Houston-TX, EUA.

A Gilmore Girl fica na terceira posição disputadíssima! Essa linda atriz iniciou sua carreira nas telinhas, em 2000 com o seriado Gilmore Girls, da Warner Channel. Infelizmente, com o fim da série, em maio deste ano, seus lindos olhos azuis não serão mais vistos como olhos de Rory Gilmore. Mas esperamos ver essa atriz crescer com novos papéis a serem interpretados - mais desafiadores, como foi fazer o papel de uma prostituta em Sin City. Uma carreira inteira pela frente!


4º) Zhang Ziyi
Zhang Ziyi, nascida à 9 de fevereiro de 1979, em Pequim, China.

Fenômeno asiático, Zhang é consideirada uma das atrizes chinesas mais conhecidas. Mas todo seu sucesso não deve-se apenas à sua beleza, e sim também à sua competência. A atriz chamou a atenção do mundo em 2000, com o blockbuster chinês Crouching Tiger, Hidden Dragon, e em 2005 protagonizou o belo filme Memoirs of a Geisha, o que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama. Zhang mostrou ser, além de bela, uma atriz oriental muito competente, assim como nossa bonequinha de luxo, Audrey Hepburn.


5º)
Débora Falabella
Débora Lima Falabella, nascida à 22 de fevereiro de 1979, em Belo Horizonte-MG, Brasil.

Representante do Brasil na lista, Débora Falabella ainda é nova na carreira de atriz de cinema. Destacou-se em Lisbela e o Prisioneiro, em 2003; participou do filme Cazuza - o tempo não pára, e atualmente podemos encontra-la no filme Primo Basílio, uma adaptação da obra de Eça de Queirós ao cinema. Um talento nacional que ainda promete muito por sua paixão em atuar somada ao seu incrível carisma, seu irresistível charme e sua verdadeira beleza.


Mas que beleza heim!
O que seria da Sétima Arte sem estas musas!

sábado, 7 de julho de 2007

Stanley Kubrick's "A Clockwork Orange"


" Choice! The boy has not a real choice, has he? Self-interest, the fear of physical pain drove him to that grotesque act of self-abasement. "

Em 1971, o grande diretor Stanley Kubrick adaptava o livro de Anthony Burgess, A Clockwork Orange, para as telas. Assim, surgira uma das maiores obra-prima da sétima arte..

A história, que se passa num futuro alternativo, segue a trajetória de Alex deLarge (interpretado por Malcolm McDowell). Alex é um jovem de classe média que, apesar do meio em que se encontra, mantém uma vida corrompida por drogas, brigas, roubos, estupros e muita violência; suas maiores diversões, sempre acompanhado de sua gangue de "droogs": Pete, Georgie, e Dim.

E é aqui que entra o primeiro tema em discussão, muito atual por sinal:
A violência de jovens de classe média.
Apesar de viverem em um mundo seguro e confortável, jovens como Alex sentem-se no direito de fazer o que bem entendem. Eles se acham acima da lei, e que nada aconteceram a eles, afinal, são a elite da sociedade. Esse pensamento somado a muitos outros fatores (do histórico familiar à influência negativa dos games) leva a tais atos de violência, como a agressão à doméstica no Rio, de semana passada.

Mas, voltando ao filme..
O filme começa com um belíssimo close nos olhos de Alex. Aqui, numa narrativa em primeira pessoa, Alex apresenta a si próprio e a sua gangue. Estes se preparam para mais uma noite de ultra-violence tomando uma rodada de 'milk plus vellocet' (uma espécie de droga misturada ao leite) no Korova Milk Bar (um cenário bizarro e psicodélico).

(Este é Alex, seu olhar ultra-violence, e seu copo de leite com vellocet.)

Após o esquenta, Alex e sua gangue saem noite afora: espancam um mendigo, arrumam uma boa briga com uma gangue rival, invadem uma residência, roubam o morador e estupram sua mulher. Bem horrorshow, nas palavras de Alex. E para completar a noite, um pouco de Ludwig van Beethoven.

Tudo vai "bem" até que seus companheiros, cansados de serem liderados por Alex, conspiram contra ele, o que resulta em
sua captura pela polícia.
A partir desse ponto, ocorre uma transformação estilo 'da água para o vinho'. Alex que até então é visto como um vilão malvado e impiedoso se transforma numa figura carismática. É o chamado anti-herói. As pessoas vão para seu lado, o defendendo. Parece até que seus atos de violência (como a infame cena do estupro) são esquecidos. E esse é outro ponto muito interessante a ser levantado: A piedade do ser humano para com 'monstros', diante a situações extremas.

Nosso anti-herói passa por uma jornada de torturas, o tratamento Ludovico, que o faz sentir repulsa por violência. Seus olhos são bombardeados por imagens de sexo e violência enquanto injetam nele drogas que alteram seu bem-estar. Após inúmeras sessões, Alex se torna incapaz de cometer qualquer violência. E aqui entra o principal tema do filme: a Liberdade de Escolha.

A Liberdade de Escolha é o que nos faz humano. Uma vez que esta é suprida, deixamos de ser indivíduos e nos tornamos simples máquinas - 'Clockwork'. E 'Orange' porque apesar de máquinas sem o poder de escolha livre, continuamos sendo seres/organismos vivos, como uma laranja.

(A laranja mecânica simboliza o ser humano sem a liberdade de escolha..
um simples organismo mecânico, sem vida.)


Uma coisa sensacional dessa obra prima é a infinidade de interpretações possíveis.
Pode ser que a mensagem essencial do filme não seja nada disso.. Porém, o gênio do Kubrick o fez de tal forma que inúmeros pontos de vistas sejam permitidos. Esta é a magia de um bom filme. Esta é a alma de toda e qualquer arte.

Laranja Mecânica é um filme moderno. Um daqueles que demoram a envelhecer, e até hoje são considerados atuais. Seu tema, tão avançado para época, lhe rendeu muita controvérsia e a proibição de exibição no Reino Unido, fato que chateou muito Kubrick. O diretor então, tirou a distribuição da Warner para o Reino Unido e sua exibição fora possível somente 28 anos depois, com a morte de Kubrick em 1999. Um gênio visionário e incompreendido.
Mas apesar da reação negativa em torno desse épico, o filme também lhe rendeu a indicação a 4 Oscares: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. Além de três indicações ao Golden Globe nas seguintes categorias: Melhor Filme em Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator em Drama (Malcolm McDowell).

O melhor filme de todos os tempos, em minha opinião.
Do melhor diretor de todos os tempos, em minha opinião.


FIM.




Uma Curiosidade:
A canção "Singing in the rain", cantada por Alex durante a cena em que ele e seus colegas violentam uma mulher na frente de seu marido, só está no filme porque esta era a única música que Malcolm McDowell sabia cantar por inteiro. (fonte: wikipedia.com)